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Phalaenopsis

Ajustes em sua reprodução in vitro durante os anos 1980 permitiram o desenvolvimento dessa orquídea de flores espetaculares e de duração excepcional.

Sua grande capacidade de adaptação facilita seu cultivo na maioria de nossos interiores.

Muitas vezes, a phalaenopsis é a primeira orquídea que alguém cultiva, o início

de uma coleção...

Ela também é conhecida como orquídea borboleta.

 

Espécies e variedades

As variedades híbridas da phalaenopsis já são incontáveis e vêm, por exemplo, com mais flores e florações, com flores maiores e em cores surpreendentes. Existem até mesmo variedades miniaturas que não passam de 10 cm a 15 cm de altura.

 

Tipo de crescimento: monopodial.

Temperaturas ideais: 22° C a 30° C de dia, 18° C a 25° C à noite.

Diferença dia/noite: 2° C a 5° C.

Duração da floração: dois meses no mínimo ou bem mais.

Período da floração: todo o ano.

Periodicidade da floração: variável.

Cores: todas, exceto azul.

O melhor lugar em sua casa: janela de sacada que dê para o leste ou o sudeste.

 

Durante a floração

Acomodar

 

As phalaenopsis gostam de um ambiente com boa umidade, sobretudo para suas raízes, que geralmente saem do vaso..

Coloque o vaso em uma bandeja cheia de bolinhas de argila úmidas. Ponha um pedaço de tela entre a base do vaso e as bolinhas, para que elas não obstruam os furos de drenagem, bastante grandes, no fundo do vaso.

 

Os vasos transparentes geralmente usados para as phalaenopsis permitem verificar a qualquer momento o estado das raízes: elas apodrecem rapidamente quando há excesso de água ou diluição do substrato.

Se você notar esses danos, a troca do vaso será urgente.

 

Se você quiser usar um cachepô com sua phalaenopsis, ele deve ser de um diâmetro pelo menos dois dedos maior do que o do vaso e ao menos 5 cm a 6 cm mais alto. A borda do vaso deve ficar no mesmo nível da borda do cachepô: levante-o com uma palha de aço amassada em forma de bola grossa. Assim, o ar circulará bem em torno das raízes.

 

Tutorar

Para aumentar a estabilidade da planta e destacar a beleza das flores, recomenda-se tutorar a haste floral. Quando o botão inferior da haste tiver o tamanho de uma ervilha, insira uma varinha o mais próximo possível da haste, sem machucar as raízes.

Afixe-a em dois pontos com clipes de arame, por exemplo, abaixo da primeira flor. A varinha deve ser colocada pouco antes do desabrochamento, já que as flores murcharão mais rapidamente se sua posição for modificada durante a floração.

 

Após a floração

Podar

 

Corte as hastes florais acima da segunda ou terceira protuberância, contada de baixo, quando elas estiverem completamente murchas. Em 80% dos casos, uma dessas protuberâncias (também chamadas de nós) lançará dois ou três meses depois uma ramificação que portará flores. Após essa segunda floração, corte a haste floral ramificada o mais próximo possível de sua base.

 

Dica

As flores murchas caem sucessivamente.

Portanto, não é preciso removê-las.

 

Regar

Aplique uma vez por semana água sem calcário em temperatura ambiente, em um volume equivalente ao volume do vaso. Deixe a planta absorver a água por alguns minutos, depois a deixe escorrer antes de colocar a orquídea de volta em seu cachepô. Não deixe o substrato secar: as folhas espessas não devem amolecer entre duas regas.

 

É normal que as folhas amarelem e sequem na base da planta. Dificilmente uma phalaenopsis apresentará mais de quatro a seis folhas bem desenvolvidas ao mesmo tempo. À medida que ela cresce, as mais antigas morrem.

 

Dica

Na natureza, a phalaenopsis vive agarrada de cabeça para baixo nos galhos das árvores. O coração das folhas nunca é atingido pelas chuvas e outras intempéries.

Portanto, durante as regas ou vaporizações, não molhe o centro da planta para reduzir o risco de um rápido apodrecimento.

 

Quando estiver calor - inclusive no inverno, se houver calefação -, borrife o verso das folhas com água sem calcário em temperatura ambiente. As phalaenopsis em miniatura, mais sensíveis ao ar seco, são as que mais apreciam esse tratamento.

 

Adubar

Durante todo o ano, exceto entre o fim da floração e o nascimento de novos rebentos, adicione um adubo específico para orquídeas (à venda em lojas especializadas) à água de rega, a cada duas vezes da primavera até o outono e a cada três vezes no inverno.

 

Você terá mais chance de conseguir uma segunda floração ao ano se usar um adubo especial para "orquídeas em flor" desde o fim do crescimento até o aparecimento de novas folhas, após a floração.

 

Replantar

Trocar o vaso regularmente não é indispensável. Quando as raízes estiverem enchendo todo o vaso e mostrarem sinais de apodrecimento (por causa do excesso de água ou do substrato em desagregação), na primavera ou no verão, após a floração, tire sua phalaenopsis cautelosamente do vaso. Elimine o máximo de partículas do substrato presas entre as raízes, sem machucá-las.

 

Não corte as raízes que saem do vaso, exceto ao trocá-lo, mesmo se parecerem secas, pois não estão necessariamente mortas.

 

Elimine raízes amolecidas, secas ou apodrecidas, cortando-as o mais próximo possível de sua base com uma tesoura de jardinagem bem afiada e desinfetada.

Lembre-se também de desinfetar a tesoura depois.

 

As phalaenopsis são cultivadas em uma mistura de 80% de casca de pinheiro de granulometr média e 20% de bolinhas de argila expandida.

Você pode acrescentar um pouco de esfagno para aumentar a umidade da mistura, mas cuidado com o excesso de água! Lembre-se de umidificar a mistura antes de usá-la.

 

Encha um vaso apenas um pouco maior que o anterior de substrato bem úmido, até 2 cm abaixo da borda.

Coloque a planta no centro do vaso. Encha-o com o mesmo substrato sem cobrir a base da orquídea (o ponto em que nascem as folhas). De vez em quando, soque o substrato inserindo uma varinha verticalmente.

 

Espere o lançamento de novas raízes, duas ou três semanas mais tarde, antes de regar.

Limite-se, no meio-tempo, a borrifar a superfície do substrato com água sem calcário em temperatura ambiente, sem molhar o coração da planta.

 

Multiplicar a phalaenopsis

As phalaenopsis podem produzir em sua haste floral não só flores, mas também novos rebentos com folhas e raízes (keikis), a partir dos quais podem ser reproduzidas.

O nascimento desses keikis é favorecido por uma adubação muito rica em nitrogênio ou por um enfraquecimento geral da planta.

Certas variedades são mais aptas a produzi-los do que outras. Em casos bastante raros, quando a planta está muito enfraquecida, ela poderá produzir um novo rebento em forma de corneta na base da haste existente, que pode ser separado da planta na hora de trocar o vaso. Seja qual for a origem do novo rebento, o procedimento é o mesmo.

 

Quando a nova planta tiver raízes de 12 cm a 15 cm, corte-a com uma faca bem afiada e desinfetada com álcool.

Plante-a imediatamente no mesmo substrato usado em uma troca normal do vaso.

Fonte: Le Page, Rosenn

ABC das Orquídeas

São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2016

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