Vanda e híbridos
Originárias das florestas tropicais iluminadas da Ásia e da Austrália, as vandas e os ascocentros gostam de uma alta umidade do ambiente (mais de 80%) e de luz intensa (30.000 a 50.000 lx).
Suas cores originais - azul no caso das vandas, laranja no caso dos ascocentros - e a abundância de suas flores seduzem os admiradores, apesar de sua estatura imponente: na natureza, a haste das vandas pode alcançar aproximadamente 2 m.
Espécies e variedades
O cruzamento de vandas e ascocentros deu origem às ascocendas, mais fáceis de cultivar em interiores e em latitudes de clima temperado.
Elas possuem flores muito numerosas e cores muito vivas, mas são de um tamanho mais moderado.
Tipo de crescimento: monopodial sem pseudobulbos
Temperaturas ideais: não mais de 30° C de dia, 18° C a 20° C à noite.
Diferença dia/noite: 2° C a 5° C.
Duração da floração: quatro a oito semanas.
Período da floração: primavera e verão.
Periodicidade da floração: várias vezes ao ano se a luz for suficiente.
Cores: rosa, azul, malva, vermelho, alaranjado, etc.
O melhor lugar em sua casa: sacada, estufa aquecida ou por trás de uma janela que dê para o norte no inverno e para o oeste ou o leste no verão.
Durante a floração
Acomodar
As raízes das vandas e de seus hibridos precisam de ar e não crescem dentro de substrato, mas ao ar livre. A planta é muitas vezes vendida em cestos perfurados sem substrato, mas nessas condições é difícil cultivá-la nos interiores. É melhor acomodá-la em um vaso transparente.
Escolha um vaso transparente alongado, com gargalo estreito e abertura larga. Enrole as raizes em espiral na base da haste e passe-as cautelosamente pela parte estreita do vaso, A haste e as flores encontram apoio nas paredes curvadas.
Cubra as raízes parcialmente com um pouco de musgo de esfagno (ou com o esfagno) úmido. Você pode também colocar no fundo do vaso alguns fios de musgos.
Após a floração
Podar
Quando a flor estiver murcha, corte a haste floral o mais próximo de sua base, na junção da folha e da haste.
Elimine de vez em quando raízes secas ou apodrecidas com uma tesoura de jardinagem bem desinfetada. Corte-as o mais próximo possível de sua base.
Regar
Aproximadamente duas vezes por semana no verão e uma vez por semana no inverno, encha o vaso até a base da planta, para que todas as raízes possam absorver a água.
Espere as raízes ficarem verdes e maleáveis (cerca de vinte minutos), depois tire a água em excesso.
No verão, quando faz muito calor, borrife a planta com água sem calcário em temperatura ambiente, na abertura do vaso, mas sem excesso. A água não deve ficar estagnada em grandes gotas nas folhas nem no ponto de sua inserção na haste.
Dica
Verifique com bastante frequência a cor das raízes para avaliar as necessidades de água da planta. Quando são de um verde vivo, estão embebidas de água e você não precisa regar. Quando estão esbranquiçadas, é preciso ter atenção; quando estão brancas ou prateadas, está na hora de regar a vanda.
Adubar
As vandas não observam períodos de repouso e precisam de adubo durante todo o ano. A cada quinze dias, no dia após a rega, borrife a folhagem com uma solução de adubo específico diluído na água (observe as doses recomendadas na embalagem).
Vandas não precisam ser replantadas, já que são cultivadas em vasos sem substrato.
Tutorar
Quando a haste ficar comprida, você pode apoiá-la ao inserir uma varinha fina no vaso, por exemplo, de bambu, de forma diagonal e bem encaixada no fundo. Você deve amarrar a haste nela com lacinhos não muito apertados para não a machucar.
Multiplicar a vanda
A vanda e os seus híbridos são multiplicados por keikis ou a partir da ponta da haste quando esta estiver muito comprida. A haste cortada continuará a crescer graças aos brotos laterais.
Corte a ponta da haste de maneira que nela esteja pelo menos uma das raízes aéreas que aparecem nas plantas velhas, nas axilas das folhas ao longo da haste.
Acomode esse fragmento em um vaso transparente, da mesma forma como a vanda de que você o tirou. Regue-o somente quando as raízes presentes ficarem brancas. Até então, limite-se a borrifar a planta. O crescimento recomeça quando aparecem novas raízes.
Fonte: Le Page, Rosenn
ABC das Orquídeas
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2016