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Odontoglossum

Originários das regiões montanhosas da cordilheira dos Andes, entre 2.000 m e 3.000 m de altitude, os odontoglossums não precisam de muito calor e conseguem se adaptar a nossos interiores, aproveitando as noites frescas. Suas grandes hastes florais, às vezes ramificadas, bem como suas flores malhadas, tornam-nos especialmente atraentes. São também conhecidos como orquídeas tigre.

 

Espécies e variedades

Há numerosos híbridos de odontoglossums, todos cultivados da mesma maneira.

 

A periodicidade da floração depende da rapidez do crescimento da respectiva variedade. Algumas são muito vigorosas e produzem pseudobulbos que podem florir com oito a dez meses.

 

Tipo de crescimento: simpodial com fortes pseudobulbos redondos, ovoides ou piriformes.

Temperaturas ideais: 20° C a 25° C de dia, 12° C a 16° C à noite.

Diferença dia/noite: 8° C a 10° C.

Duração da floração: quatro a oito semanas.

Período da floração: variável.

Periodicidade da floração: variável.

Cores: rosa, amarelo, vermelho, marrom, malva, violeta.

O melhor lugar em sua casa: janela de sacada que dê para o leste ou o sudeste.

 

Durante a floração

Acomodar

 

Os odontoglossums adaptam-se bem às mais diversas situações. Durante a floração, você pode colocá-los onde desejar, até mesmo em uma mesa da sala de estar se ela for bem iluminada.

 

Dica

O odontoglossum ficará mais tempo em flor se, durante a floração, ele passar suas noites em um clima fresco (entre 15° C e 17° C).

 

É normal que um pseudobulbo que produziu duas hastes florais ao mesmo tempo fique um pouco enrugado na superfície após o desabrochamento.

Mesmo assim, ele não deve ficar completamente enrugado, o que seria sinal de que suas reservas.

estão esgotadas.

 

Se você prefere hastes florais sem varinhas, mais maleáveis e levemente inclinadas, deve colocar seu odontoglossum em um local mais elevado - por exemplo, em um banquinho alto, e, principalmente, afastado de locais de passagem.

 

Após a floração

Acomodar

 

Coloque seu odontoglossum no peitoril de uma janela de maneira que a base da planta fique bem iluminada com os pseudobulbos mais volumosos voltados para a luz, de frente para o vidro. Em locais muito luminosos, uma persiana pode ser necessária para atenuar a luz.

 

Dica

Quando a luz é demasiadamente intensa, as folhas têm a tendência de avermelhar.

Ouando a luminosidade é insuficiente, assumem uma cor verde muito apagada.

 

Podar

Elimine sucessivamente as flores murchas (de baixo para cima) e corte as hastes florais o mais próximo possível de suas bases quando todas as flores tiverem murchado.

 

Regar

Aplique uma vez por semana água sem calcário, em temperatura ambiente, em um volume equivalente ao volume do vaso. Deixe a planta absorver a água por alguns minutos, depois a deixe escorrer antes de colocar a orquídea de volta em seu cachepô. Não deixe o substrato secar.

 

Quando os pseudobulbos ficam anormalmente marrons, suspenda as regas. Deixe o substrato secar na superfície e, se for necessário, replante o odontoglossum (em caso de urgência, isso pode ser feito em qualquer momento do ano) para limpar as raizes que tiverem apodrecido por causa do excesso de água.

 

Adubar

Ao longo de todo o ano, exceto entre o fim da floração e o aparecimento de novos rebentos, adicione um adubo específico para orquídeas (à venda em lojas especializadas). uma rega sim, uma não.

 

Quando fizer muito calor no verão, borrife toda noite a folhagem e a superfície do substrato abundantemente com água sem calcário e em temperatura ambiente.

 

Dica

Calor ou luz excessivos durante a formação da haste floral podem desbotar as cores das corolas, especialmente nas variedades marrons e púrpuras.

 

Replantar

Todos os anos, no fim da primavera ou no outono (mas não no verão), tire seu odontoglossum cautelosamente do vaso. Elimine o máximo possível das partículas de substrato presas entre as raízes, sem machucá-las.

 

Elimine os pseudobulbos secos (enrugados), ou um ou dois dos mais antigos (que já perderam suas folhas), cortando-os da planta com uma tesoura de jardinagem bem afiada.

 

Os odontoglossums são cultivados em uma mistura de 60% de casca de pinheiro de granulometria média, 20% de esfagno e 20% de bolinhas de argila expandida. Lembre-se de umidificar a mistura antes de usá-la.

 

Para garantir uma melhor firmeza da planta em seu vaso (muito pequeno em comparação com as dimensões do odontoglossum), às vezes convém confeccionar-lhe raízes postiças: dobre um arame revestido de plástico, com cerca de 20 cm a 25 cm, em forma de U.

Afixe-o na base da orquídea, em sua curva, com um barbante de ráfia. Você poderá tirar essa raiz artificial na próxima troca do vaso.

 

Em um vaso apenas um pouco maior do que o anterior, disponha uma camada de alguns centímetros de substrato bem úmido. Coloque a planta no centro, com o rizoma (a parte que liga os diferentes pseudobulbos) 2 cm abaixo da borda do vaso.

 

Encha o espaço vazio com o substrato, socando-o de vez em quando: insira uma varinha verticalmente, no lado oposto do odontoglossum, para não machucar as raízes e o rizoma. Este último deve ficar acima da superfície.

 

Coloque seu odontoglossum em um local fresco, em torno de 15° C. Espere o lançamento de novas raízes, duas a três semanas mais tarde, antes de regar. Nesse meio-tempo, limite-se a borrifar a superfície do substrato com água sem calcário em temperatura ambiente.

 

Multiplicar o odontoglossum

Os odontoglossums são multiplicados por divisão da touceira inicial, durante a troca de seu vaso.

 

Depois de eliminar das raízes o antigo substrato, com uma tesoura de jardinagem ou uma faca bem afiada e desinfetada com álcool, corte a planta em duas ou três partes que devem conter hastes que já floresceram, mas ainda estejam bem verdes, raízes e ao menos um novo rebento.

 

Plante as partes imediata e separadamente e coloque todas em um lugar fresco (15° C a 16° C). Limite-se a borrifar a superfície do substrato para mantê-lo bem úmido até o nascimento das novas raízes. Depois, cultive os novos odontoglossums da mesma maneira que a planta adulta.

Fonte: Le Page, Rosenn

ABC das Orquídeas

São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2016

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