Originária das florestas úmidas das cordilheiras dos Andes, ela se adapta muito facilmente a apartamentos, desde que não haja excesso de calor. Sua haste floral, de flor única, triangular e com um perfume de canela, aparece na base do pseudobulbo. Sua folhagem é na maioria das vezes obsoleta.

 

Espécies e variedades

L. cruenta, L. cochleata, L. aromatica, L. ciliata (folhagem perene).

 

Tipo de crescimento: simpodial com pseudobulbos grossos e bojudos.

Temperaturas ideais: 15° C a 21° C de dia, 10° C a 16° C à noite.

Diferença dia/noite: 5° C.

Duração da floração: um a dois meses.

Período da floração: primavera ou verão.

Periodicidade da floração: anual.

Cores: amarelo, verde-amarelo, amarelo-alaranjado, verde-claro, marrom.

O melhor lugar em sua casa: próximo de uma janela com face para o leste.

 

Durante a floração

Acomodar

 

Coloque a orquídea no peitoril de uma janela (face leste), próxima ao vidro. Quando estiver com folhas, atenue a luz com uma persiana ou cortina. Já no inverno, quando estiver sem folhas, a persiana pode ser erguida.

 

Após a floração

Podar

 

Quando a flor estiver murcha, corte a haste floral o mais próximo possível da base do pseudobulbo.

 

Regar

Durante o crescimento dos novos rebentos e a formação dos novos pseudobulbos, regue uma vez por semana (ou mais, se for necessário) com água sem calcário.

O substrato não deve secar (ficar mais leve): verifique o peso do vaso de vez em quando entre duas regas.

 

No verão, com o forte calor, borrife abundantemente o verso das folhas para reduzir sua desidratação e eventuais invasões de ácaros.

 

Os novos rebentos são muito sensíveis ao apodrecimento. Evite molhá-los durante as regas.

 

Adubar

Durante a formação dos pseudobulbos, adicione à água de rega um adubo equilibrado específico para orquídeas a cada quinze dias.

Depois, até a floração, prefira um adubo para orquídeas floridas, rico em potássio.

Quando as folhas tiverem caído, no inverno, pare de adubar.

 

Dica

De dezembro a março, você pode colocar sua orquídea ao ar livre, na sombra de uma árvore, mas com o cuidado de protegê-la dos ataques de lesmas.

 

Replantar

Aproximadamente a cada dois anos, quando a planta apresentar novos rebentos, retire-a do vaso e elimine com as mãos o máximo possível de substrato preso entre suas raízes. Cuidado ao manusear a planta: os pseudobulbos sem folhas possuem em sua ponta dois espinhos que são resquícios das nervuras de folhas que secaram.

 

Escolha um vaso largo que permitirá a formação de pelo menos dois pseudobulbos novos (seu crescimento leva dois anos). Encha-o de substrato até 5 cm abaixo de sua borda. Coloque a planta com os pseudobulbos mais antigos contra a parede do vaso.

Encha o espaço vazio com o mesmo substrato, soque-o com uma varinha e regue o vaso abundantemente.

 

O substrato ideal é uma mistura de 60% de casca de pinheiro de granulometria fina, 30% de esfagno para reter a água e 10% de bolinhas de argila de granulometria pequena. Umidifique bem a mistura antes de colocá-la.

 

Multiplicar a lycaste

Quando a lycaste estiver com vários pseudobulbos vigorosos, é possível dividir a planta em duas partes para multiplicá-la. Faça-o durante a troca do vaso.

 

Corte sua lycaste entre dois pseudobulbos com uma tesoura de jardinagem ou uma faca bem afiada e desinfetada pouco antes de usá-la. Cada pedaço deve conter raízes e pseudobulbos em formação.

 

Encha um vaso de boca larga de substrato específico para lycastes e plante a nova orquídea de maneira habitual. Limite-se a umidificar a superfície do substrato até que as estacas retomem seu crescimento (formação de raízes, alargamento dos novos rebentos, etc.).

Depois, cultive as novas lycastes assim como a planta-mãe.

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Fonte: Le Page, Rosenn

ABC das Orquídeas

São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2016